domingo, 16 de maio de 2010

Romantismo portenho...

Meus amigos de espécie e humanos,
Meus pseudópodos lhes escrevem agora de terras argentinas!
Sí, hermano! De las tierras de Dieguito, de Tévez, de Messi... ah, por supuesto, de Fangio, del Alfajor...


Hoje, dia de meu aniversário de relacionamento, fui comemorar com minha esposa em um restaurante portenho chamado "El Almacén de los Milagros" (para localizá-lo no Google Maps, clique aqui), um bistrô estilo francês, no badalado bairro da Recoleta (aliás, recomendo!).
O atendimento muito bom, os garçons muito educados, muito solícitos, mas com aquela característica sisudez argentina que eu respeito muito. Respeito, mesmo!
Mas não acho que isto implica que nós, brasileiros, devemos copiá-los, de acuerdo?
Cada povo tem a sua característica, seus traços, suas virtudes, seus defeitos.
E nós, seguramente, também temos os nossos trejeitos, nosso DNA comportamental que, friso aqui para aqueles que ainda não sabem, nos abrem portas no mundo.

Mas, por definição, adoto sempre a posição que devemos olhar a todos, inclusive aos nossos "hermanos", pelo lado positivo.
Um dia, em um passado não tão longínquo, nos insultávamos reciprocamente como filhos bastardos daqueles que viviam em baixo da ponte que partiu... tudo bem, cada um considerando que a mãe do outro é que não era tão decente... quem era o pai, pouco importava... o problema era a mãe...
Claro que eles acreditam (teimosamente, é bom reforçar!) que jogam futebol melhor que nós... mas, desculpem os trocadilhos, isso é de uma teimosia cabeluda... ai, ai...
Mas mesmo, assim, de vez em quando, surge um Messi da vida que até que joga direitinho... tá bom, bastante direitinho...
Talvez, seja a proximidade... as nossas fronteiras comuns são tão largas... seguramente nossos dotes futebolísticos cruzaram a fronteira... mas com certeza foi por contrabando passando pelo Paraguai!!
Ou talvez seja mesmo efeito da osmose do convívio próximo...
Mas o que importa de verdade é que sempre há algo que aprender uns com os outros... seja com os vizinhos de condomínio, os de travesseiro ou os de fronteira...

Podemos aprender coisas valiosas em situações inesperadas, corriqueiras e simples, como, por exemplo, "injetar na veia" um pouco de cavalheirismo portenho lendo o menu de um bistrô numa noite fria de sábado.
Primeira pergunta da minha esposa ao abrir o menu: onde estão os preços dos pratos?
Resposta dada pelo atencioso Frederico: estão no menu entregue ao cavalheiro para que as senhoras se sintam queridas e prestigiadas.
Mensagem subliminar: senhor, é bom que o seu cartão tenha crédito...


Abraços pseudópodes.

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