sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Esteganografia

A palavra esteganografia vem do grego "escrita escondida". Representa um ramo da criptologia que trata do estudo e uso de técnicas que permitam esconder uma informação secundária dentro de uma outra informação, independente do meio onde esta esteja codificada (imagens, músicas, vídeos ou mesmo textos).

Regularmente, porém, se confunde a criptografia com a esteganografia. Enquanto a primeira oculta o significado da mensagem, a segunda oculta a existência da mensagem. Por exemplo, uma possibilidade de uso da esteganografia é a alteração do bit menos significativo de cada pixel de uma imagem colorida de forma a que ele corresponda a um bit da mensagem oculta. Esta técnica, chamada LSB (Least Significant Bit), apesar de não ser muito elaborada, pouco afeta o resultado final de visualização da imagem. No caso de se utilizar mais de um bit por pixel, se gerará um aumento do ruído na imagem, o que poderá facilitar a detecção da mensagem oculta.

Devido a sua utilidade prática, e ao contrário do que se poderia inicialmente imaginar, a esteganografia é empregada há muitos séculos. Importante mencionar as famosas tintas “invisíveis” e os micropontos utilizados por muitos anos por reis e burgueses, sendo estas consideradas algumas das técnicas de esteganografia mais antigas. Muitas outras técnicas possibilitam esconder informações, com maior ou menor sofisticação. Entretanto, evita-se a sua disseminação para minimizar as chances de que elas venham a ser utilizadas por criminosos e terroristas.

Normalmente, pela facilidade de manipulação e, simultaneamente, pela dificuldade de detecção, são utilizadas imagens como meios de transmissão destas mensagens ocultas. Todavia, como dito anteriormente, a técnica também pode ser utilizada com bastante eficácia em outros meios, como textos.

Obviamente, quando aplicada em textos, aumenta-se o risco de detecção por um leitor atento.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O maestro surdo



Ao maestro surdo pouco importa a audiência.
Ignorando os músicos, ele, sem partitura, guia.
Pela sua condição, não percebe a real sutileza das notas.
Mas acredita serem belas as simplórias vibrações que cria.

N.A.: homenagem a todos os "cabeça-duras";

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Criadores de dificuldades




É impressionante como existem pessoas que, nas mais variadas situações possíveis e imagináveis, adoram criar complicações e empecilhos. A estes eu chamo carinhosamente de "criadores de dificuldades". Existem pessoas com este perfil em todos os lugares: nas empresas, no trânsito, nos bancos, nos serviços públicos (principalmente!), em nossas famílias, ou seja, em cada esquina. Se tem uma coisa que estas pestes adoram é te atrasar a vida de qualquer forma que seja. Parece que eles nasceram para serem pedras em qualquer engrenagem.

Você está no trânsito tentando mudar de faixa com a seta piscando freneticamente há um kilometro, mas o espírito de porco ao lado não dá espaço para você entrar. Você está tentando abrir uma conta na Caixa Econômica e, devido a uma bendita letra errada no nome da sua mãe no cadastro da Receita Federal, o senhor boa vontade te impede de abrir a conta (dica: se você já passou por isso, basta ir em outra agência da Caixa que tudo se resolve). Aparece uma situação não prevista no seu ambiente de trabalho e, ao solicitar auxílio para a pessoa que poderia te ajudar, você escuta toda uma ladainha repleta de má vontade de que, para te atender, será necessário matar 2 dragões e que o prazo combinado da atividade corrente será perdido (mesmo quando o que você está pedindo é a coisa mais ridícula e simples do mundo e você sabe que o sacana vive navegando na Internet durante o expediente). Você vai até a Serasa para retirar o e-CNPJ da sua empresa e a mal amada que te atende insiste que seu sócio, que mora no Rio de Janeiro, precisa estar de corpo presente para poder dar continuidade ao processo, mesmo quando você é o representante legal da empresa (outra dica: se você também já passou por isso, basta ir a outra agência da Serasa... novamente, tudo se resolve). Você liga para uma ONG para oferecer trabalho especializado e voluntário (ou seja, de graça!) em seu tempo livre e os neo-hippies colocam uma série de exigências e pré-requisitos para que você possa "ajudá-los". Você está em um projeto estratégico de substituição da plataforma tecnológica de software de um cliente internacional e que irá trazer redução de custos e melhorias operacionais neste cliente, mas o mala-sem-alça de um usuário chave insiste que a ausência de uma funcionalidade que ele também não tinha no software anterior é impeditiva para a implantação do projeto. Você está preenchendo a sua prazerosa declaração de imposto de renda para a Receita Federal e, apesar de eles terem todos os dados da sua vida, eles te obrigam a informar um número associado à sua declaração de renda do ano anterior, número este gerado por eles próprios. Você liga na secretaria de transporte público da cidade de São Paulo para denunciar irresponsabilidades cometidas por um motorista de ônibus e, apesar de fornecer placa, linha, empresa, data e horário, você não consegue registrar a queixa porque é necessário informar também o número pintado na lateral do ônibus e que você, por acaso, não anotou (e a placa, serve pra quê?). Seu celular com GPS é roubado e você mostra à delegada de plantão da delegacia onde você foi registrar queixa o local onde seu amigo-do-peito se encontra neste exato momento, porém, a única coisa que ela faz é questionar a confiabilidade e precisão do seu GPS. Bem, como se pode ver, a lista é extensa e cada um sinta-se livre para adicionar seus próprios "causos"...

Por isso, se você é um daqueles que, independente do pretexto, adoram criar complicações, lhe faço um pedido: pára de criar dificuldades, cacete!

A gente agradece.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Meu querido Terry!

Contratamos recentemente. Excelente profissional!


domingo, 22 de janeiro de 2012

Cotas, cotas e mais cotas

Você entra em uma loja para comprar uma TV Full HD da mais alta tecnologia. O vendedor te aborda e pergunta o modelo de TV que você deseja. Você, ansioso para concretizar seu sonho de consumo, identifica na vitrine o modelo que mais te atraiu.



- Senhor, esta não dá porque atingimos nossa cota de venda para este modelo.
Você aturdido tenta rebater:
- Como assim? Mas vocês têm em estoque e esta, além de melhor atender às minhas necessidades, é a que eu tenho interesse em comprar!
O prestativo vendedor rebate:
- Lamento, mas o senhor terá que escolher outra.
Você insiste:
- Mas eu tenho liberdade de escolher a que eu quero!
E o vendedor:
- Não, o senhor não tem.




O diálogo acima, por ora, é fictício, mas se depender do afro-decendente e populista deputado Luiz Alberto do Partido dos Trambiqueiros, o PT, da Bahia, isto em breve se transformará em realidade. Mas não se preocupe pois não ocorrerá em uma loja de eletrônicos, não, não. Será no Congresso e em todas as Câmaras Legislativas do país. Em resumo, seu voto e sua opção de escolha poderão ser inúteis. Afinal, se é para fazer, vamos fazer bem feito!



Já pensou? Vamos ter que engolir um bando de gente incopetente e despreparada por causa da cor. Bem, não que atualmente estejamos bem servidos, mas pelo menos, você e eu temos a culpa pelas nossas escolhas. Até isso o nobre deputado quer tirar de nós... mas não se preocupe, é para o bem de todos. Claro...

Bonita a sua nova TV!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Era da Cidadania Digital

Muitos, como eu, também se revoltam com a descarada falta de respeito e os abusos cotidianamente cometidos por alguns "espertos" em nossas cidades. A lista de abusos é extensa e certamente todos nós já testemunhamos uma ou várias destas situações: automóveis parados sobre uma vaga de idosos/deficientes, veículos particulares em faixas preferenciais de ônibus, estabelecimentos comerciais ocupando calçadas públicas como se fossem suas, motoristas irresponsáveis fazendo manobras perigosas em alta velocidade, idiotas fazendo uso de cirenes para abrir passagem em congestionamentos, etc, etc, etc...

Sabemos que os estados e municípios não têm e nunca terão condições de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Por isso é tão importante a participação de todos nós, como verdadeiros cidadãos, na denúncia destes abusos. Ao Estado, por sua vez, cabe incentivar e dar meios efetivos para participação popular nesta empreitada. Afinal, graças ao barateamento da tecnologia, uma quantidade muito grande de pessoas possui máquinas fotográficas e/ou de vídeo, muitas delas, em seus próprios celulares. As evidências geradas por estes dispositivos pessoais, naturalmente, quando apropriadamente comprovadas, deveriam ser melhor utilizadas pelo Poder Público para a devida tomada de ações. Isso não é novo e, de certa forma, já ocorre quando os órgãos de Imprensa expõem fotos e filmagens feitas por populares em seus meios de comunicação. Mas fazer apenas isto é muito pouco... Em nossa era, a era da massificação da geração e também da difusão da informação (graças a Internet), não se justifica que se pressuponha de um intermediário (a Imprensa) para que os agentes públicos realmente levem as denúncias a sério e tomem ações (ok, em alguns casos, nem sempre motivadas por um genuino interesse público, mas apenas para fazer jogo de cena...). Por exemplo, se um cidadão fotografasse ou filmasse a placa de um veículo em óbvia irregularidade, coprovando-se que não houve fraude ou manipulação da imagem, isto deveria ser suficiente para que uma multa fosse emitida ao infrator. Simples assim. Há testemunhas, há evidências irrefutáveis, portanto, há tudo para que sejam tomadas as devidas providências.

O benefício de uma iniciativa como esta me parece óbvio: um maior alcance na atuação do Estado a partir de uma espontânea mobilização popular. São as pessoas de bem enviando uma mensagem clara aos malandros de plantão: estamos de olho! Se esta iniciativa fosse levada adiante e as denúncias tratadas com a devida importância, tenho certeza de que entraríamos rapidamente em um círculo virtuoso de cidadania.

O investimento para isso? Baixíssimo. Bastaria disponibilizar um site onde as pessoas pudessem registrar e acompanhar suas denúncias juntamente com uma equipe de back-office para validá-las (fazer a análise das imagens) e dar o devido encaminhamento nos órgãos competentes (notem que não se deveria transferir a "complicação" de dar o encaminhamento ao cidadão: este já cumpriu o seu papel e o trâmite deveria ser de total responsabilidade do Poder Público).

Do Estado esperamos apenas que abra novos canais digitais de mobilização social e que saiba fazer uso efetivo das opções tecnológicas de que já dispomos para o bem da sociedade: sem burocracia, valorizando a iniciativa popular e sem expor o cidadão que deseja colaborar. Isto é a pré-condição para entrarmos, de fato, na era da Cidadania Digital.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Deu no BBB12: Se não há consentimento, é estupro!

No último dia 15/janeiro/2012, a bela gaúcha Monique foi sexualmente e "edredonicamente" molestada pelo paulista "cara de boboca" Daniel. Isso tudo, em rede nacional e aos olhos de todos. Conclusão dos especialistas em Direito: se não há consentimento, é estupro.

Ouviu, cambada?

sábado, 14 de janeiro de 2012

Os líderes mundiais em uma partida de War 3

Os líderes mundiais retiram suas cartas de objetivo:

Obama: Seu objetivo é criar guerras em todos os continentes.
Angela Merkel: Seu objetivo é aprender a nadar antes que a Europa afunde.
Medvedev: Seu objetivo é ser um "bom menino".
Netanyahu: Seu objetivo é conquistar todos os territórios palestinos.
Gaddafi: Seu objetivo é não ser destruído em até 42 rodadas.
Armadinejad: Seu objetivo é destruir qualquer um dos países Judeus existentes no mundo (qualquer um serve).
Kim Jong Un: Seu objetivo é invadir 3 parques temáticos sem ser identificado.
Dilma: Seu objetivo é destruir o maior número de ministros corruptos possível.
Lula: Seu objetivo é não atrapalhar.
Cristina Kirchner: Seu objetivo é ressuscitar os mortos e destruir a Imprensa.
Evo Morales: Seu objetivo é "cultivar a paz" entre os povos.
Hugo Chavez: Seu objetivo é não deixar o "Seu Barriga" cobrar o aluguél.
Hu Jintao: Seu objetivo é conquistar o mundo.

E rolam-se os dados...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Tiririca, olha o plágio!!

Tiririca, entendi! Agora, tudo faz sentido! Pena que a gente não sacou a piada...


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Supostamente, é claro

Um "suposto" vídeo mostra "supostos" soldados americanos "supostamente" urinando sobre "supostos" combatentes afegãos "supostamente" mortos:

 

Como o vídeo vazou e o barraco "supostamente" desabou, o porta-voz do corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos (semper fidelis!) se adiantou em afirmar que estas ações não condizem (N.A.: também supostamente?) com os valores das Forças Armadas. Pela "lógica" militar, invadir um país para matar e roubar pode (Uha!), mas sacanear o morto não... é falta de humanidade...

"Supondo" que o vídeo seja verdadeiro, também "suponho" que não seria nada mal aplicar um grande supositório anal (desculpem o trocadilho) em todos os envolvidos. Mas até que o "suposto" vídeo seja oficialmente confirmado, devemos tratá-lo com a "civilidade" que se espera de gente madura, ou seja, considerando que se tratam apenas de "suposições". Por isso, e por ora, devemos ficar apenas "supostamente" revoltados.

Viva a guerra!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Se ela dança, eu danço

O gênio da música popular brasileira Leonardo Freitas Mangeli de Brito, a.k.a. MC Leozinho, irá recorrer da decisão da Justiça mão-de-vaca que deseja impedir que ele fique R$ 1,5 milhão mais rico às custas do idioma português e de uma emissora de TV (SBT). O motivo da pendenga é que a emissora de TV usou, para o nome de um de seus programas e sem a devida autorização do compositor, uma expressão por ele cunhada (pelo menos, é nisso que acredita o paquiderme) e adotada como título em uma de suas "poesias" musicais: "Se ela dança, eu danço".

É possível que a instituição de ensino frequentada pelo funkeiro, quem sabe, até o segundo ano primário, lhe tenha omitido que o idioma é de todos e, ao mesmo tempo, não é de ninguém. Ou então, pode ser também possível que apenas não tenha rolado, durante as aulas, uma vibe maneira entre o MC e os professores da instituição. Como, até que se prove o contrário, ambas estas possibilidades são equipotentes, não devemos fazer prejulgamentos!


Certamente o Doutor Juiz, a.k.a, DJ, vai botar chapa quente pra gente não dançar.
Bem, eis aí o motivo do imbróglio:

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Velejar

É enfrentar o infinito do Oceano, mesmo consciente de que o teme.
É entender intimamente que deixar-se levar pela maré não é suficiente.
É optar por deixar a segurança de um porto e apenas ter o Céu por guia.
É confiar na bússola e manter a proa, mesmo com o vento em contra.
É não se deixar seduzir, inocente, com a ajuda e a sorte das correntes.
Acima de tudo, e mesmo que o barco siga indevidamente outro rumo,
É perceber que, de fato, só se Veleja quando se mantém firme a mão no leme.

domingo, 8 de janeiro de 2012

sábado, 7 de janeiro de 2012

Entrevista com "O Estagiário"

Damas e cavalheiros, com vocês, Vossa Senhoria, o Estagiário:


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ode ao Mojito

Separe 10 folhas de hortelã... mas não de forma mecânica... note, repare, veja a beleza de suas ramificações, perceba a sua cor.
Lave-as gentilmente, absorvido pelos seus aromas enquanto penetram pelas suas narinas.
Coloque-as em um templo alto, quase tocando o céu.
Neste local sagrado, deslize 1 colher do mais alvo açucar, puro como os eleitos de Deus.
Despeje, sem desperdiçar uma gota, o sumo de meio e vistoso limão. Que o seu forte cheiro te traga à realidade, lembrando como a vida é fugaz.
Peça permissão ao divino e, com o mais nobre amor, macete estes ingredientes com gentileza.
Adicione gelo, o suficiente para refrescar a sua alma.
Complemente com 1 dose de água gaseificada, borbulhante, ansiosa, frenética.
Finalmente, em profundo respeito, coroe com 1 dose do mais puro e real rum.
Misture tudo com carinho.
Sorva dando total atenção aos sentidos. Olfato. Paladar. Visão.
Deixe cada gole molhar a sua garganta.
Agradeça.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Julián Vives León


Julián Vives León, um senhor mexicano de 65 anos, morreu próximo das 9 horas da manhã do último dia 03 de janeiro, em uma agência bancária da Avenida División del Norte, número 1905, região sul da Cidade do México. Sua morte foi testemunhada com indiferença por todos os presentes. Pela exceção de um único segurança, nenhum dos funcionários ou executivos da agência lhe prestaram auxílio. Morreu de ataque cardíaco. O que escrever sobre isso?
Talvez nada que alguém fizesse poderia realmente tê-lo salvado. Mas a desumanidade os matou a todos.



Pobre Julián... talvez, não. Pelo menos, não está mais entre nós.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Âncoras da Lei

Alguns dizem que o nosso sistema de leis é dos mais modernos do mundo. Se esta pergunta for feita a um Bacharel em Direito corporativista (não necessariamente aprovado no exame da OAB), provavelmente se escutará esta afirmação ser dita de "boca cheia". Mas como não sou especialista, me considero "impotente para julgar" (desculpem o trocadilho jurídico). Por isso, do ponto de vista estritamente técnico, pode até ser...

Porém, do ponto de vista estritamente pragmático (que é o que realmente nos importa), há controvérsias: Como pode ser moderno um sistema de leis que afunda nosso sistema judiciário em uma farra de recursos e apelações? Como pode ser moderno um sistema de leis que prevê a expiração de um delito simplesmente porque o prazo para a definição da sentença "prescreveu", validando a impunidade? (vide o que pode ocorrer no caso do Mensalão no STF) Como pode ser moderno um sistema de leis que transforma o seu sistema judiciário em algo tão absurdamente ineficiente que faz uma pessoa pensar um milhão de vezes antes de apelar para a Justiça, inibindo seu uso? Como pode ser moderno um sistema de leis que, devido à sua burocracia, pode até mesmo incentivar algumas pessoas a considerar a possibilidade de fazer "justiça com as próprias mãos", em uma absurda contradição?

Portanto, se, do ponto de vista jurista e técnico, o nosso sistema legal é dos mais modernos, já passou da hora de ele se provar como tal. Parafraseando Júlio César: “À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”. Estou convencido de que, de todos os nossos três Poderes, um, em especial, não pode falhar. Se o Poder Judiciário falhar, todos os demais virão abaixo.

Em uma rua, há um carro estacionado. Não há ninguém por perto. Uma pedra é lançada neste carro e estilhaça uma de suas janelas. Se, com o passar do tempo, ninguém consertá-lo, pode ter certeza de que, em breve, ele estará completamente destroçado.

Tira a venda, Justiça.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A pedra




Muitos, em desprezo, a elas chutam.
Vários, nos outros, a elas atiram.
Poucos, pacientemente, com elas constróem.
Mais que a forma, algo comum as une.
Pois o destino a cada uma destas pedras,
Como se sabe, lhes demos nós.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Querida, eu encolhi o Moinho!

Neste último domingo, 01/janeiro/2012, ocorreu a "implosão" do prédio do Moinho, localizado na favela de mesmo nome, na cidade de São Paulo. Para o prefeito de direita, de esquerda e de centro Gilberto Kassab, do PSD (Partido Sem Direção), a operação foi um sucesso, mas teria sido melhor se o prédio realmente tivesse vindo abaixo. Veja comigo no replay!

Para celebrar a eficáca da operação, a Secretaria de Educação do município já planeja lançar um Jogo dos 7 Erros com as imagens de antes e depois da implosão. O jogo será usado na educação de crianças até 7 anos da própria favela do Moinho.

Antes:

Depois:


Percebeu as diferenças?

Paz na Terra aos sertanejos de coração

Nada de Estados Unidos, nada de União Européia, nada de Rússia e nada de ONU. Para trazer a paz real e duradoura para o conflito entre Palestinos e Israelenses, só mesmo se o "Quarteto para o Oriente Médio" convocar o Michel Teló. Que o digam estes 11 membros da força de defesa israelense (IDF):


Será que agora eles vão parar de se pegar na porrada e começar a pegar outras coisas, como nos ensina o sábio refrão da música "Ai se eu te pego"?

Apenas para registro, neste exato momento, o vídeo oficial do cantor germano-caipira já foi visto mais de 98 milhões de vezes no YouTube...


... e tem até versão em holandês, com direito ao mesmo cabelo escovinha e tudo:

Valeu!


Que venha!

sábado, 31 de dezembro de 2011

Cruzando os dedos para 2012

Hoje é dia 31/dezembro/2011, um dia apropriado para fazer promessas. Como são para o "ano que vem", podemos fazê-las a vontade... depois a gente resolve.


Bem, por isso, aí vão as minhas:

Eu prometo ser um melhor filho...
Eu prometo ser um melhor esposo...
Eu prometo ser um melhor irmão...
Eu prometo cuidar melhor da minha saúde...
Eu prometo ser menos ansioso...
Eu prometo ser um melhor cidadão...
Eu prometo ser um melhor profissional...
Eu prometo economizar...
Eu prometo não me render à preguiça...
Eu prometo voltar a estudar...

Ano que vem, é claro.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Matemática dos Idiomas - A Cognosfera

Este é o segundo artigo da série que documenta "ao vivo" e "on the fly" a minha utopia lingüística. Se você está "chegando agora", não se preocupe, estamos apenas começando a aquecer os motores...

Para que sejamos capazes de extrair os "genomas" matemáticos dos idiomas (lembrem-se que este é o nosso objetivo!), precisaremos, primeiramente, entender o que é a "realidade" que nos rodeia, ou seja, o ambiente onde existimos e onde nos manifestamos... a nossa "Matrix".

Porém, ao utilizarmos o termo "realidade" (intencionalmente com as aspas), deve-se entender que esta não tem um caráter absoluto ou homogêneo como ocorre com a realidade física (sem as aspas). Pelo contrário, esta "realidade" a que me refiro deve ser encarada como algo que evolui e que se expande a medida que também evolui e se expande o nosso conhecimento. Por exemplo, é natural considerar que a "realidade" dos homens das cavernas, devido à diferença nos níveis de conhecimento, não era a mesma da do homem do século XIX que, por sua vez, não será a mesma da do homem do século XXV. Os mais "avançados" sempre disporão de entendimentos e conceitos ininteligíveis aos mais "atrasados", mesmo que a realidade física, corporificada nas leis naturais, seja compartilhada por ambos em momentos distintos da História. Por isso, para evitarmos eventuais confusões, adotaremos um novo termo, aqui chamado de "Cognosfera", para representar esta "realidade" elástica decorrente do nível  de conhecimento. Uma outra forma de entender esta diferença é compreendendo que a cognosfera expande-se a medida que se aprofunda o nosso entendimento do que é a realidade física, seja por um maior conhecimento do universo natural, seja também por um maior conhecimento das relações sociais e humanas. Por exemplo, o conceito "Estado Nacional" nasceu como conseqüência da Revolução Francesa, no final do século XVIII. Por razões óbvias, é correto dizer que este conceito certamente não existia na cognosfera (ou na "realidade") de uma pessoa que viveu no século XV. Ao mesmo tempo, é bastante intuitivo pensar que, como conseqüência quase automática do exposto acima, o idioma, entendido aqui como a ferramenta de codificação das nossas inter-relações com o nosso entorno, irá evoluir em uma velocidade proporcional à própria evolução da nossa cognosfera.

Esclarecido isso, como poderíamos começar a delinear de forma menos abstrata a cognosfera? Poderíamos dizer, de forma bastante simplória, que a nossa cognosfera é a nossa coleção de "coisas" percebidas e armazenadas em nosso intelecto ao longo de nossas vidas. Estas "coisas" funcionam como pseudônimos para identificar e referenciar objetos, grupos de objetos, sentimentos, sensações, eventos ou mesmo conhecimentos adquiridos em uma ampla gama de possibilidades, desde as mais diretas e explícitas (por exemplo, a água, o sol, a lua, o terremoto, a fome, etc) até as mais abstratas e sublimes (por exemplo, o tempo, o espaço, a vida, a morte, o amor, o vazio, a gravidade, etc). Estes pseudônimos representam qualquer tipo de informação que, em algum momento, foi percebido e armazenado em uma cognosfera, independentemente dos mecanismos biológicos que conduziram a isso. A estes pseudônimos, chamaremos "Cognos". No caso particular dos seres humanos, como podemos deduzir, os cognos são gerados por meio dos nossos 5 sentidos sensoriais (visão, audição, olfato, paladar, tato) ou através das nossas capacidades intelectuais (N.A.: vale lembrar que todo processo de comunicação nos seres humanos ocorre, necessariamente, através dos sentidos sensoriais; por isso, a comunicação não foi considerada como uma forma "a parte" de geração de cognos nos seres humanos). É importante reforçar que não estamos interessados aqui em resolver ou explicar a maneira como uma cognosfera percebe e armazena um cognos. Esta problemática deixamos aos estudiosos das Neurociências e da Inteligência Artificial. Nossa intenção é apenas propor uma maneira alternativa de codificar (ou representar) os cognos em uma linguagem mais próxima da matemática.

Estes serão os nossos próximos passos...

American way sustentability

 

A imprensa "com necessidades especiais" do mundo das celebridades está alardeando aos 4 ventos que o barraco de 40 milhões de dólares de troco de pinga e de 1,5 hectare onde Gisele Bündchen irá morar com o marido e o filho (isso mesmo, 0,5 hectare por pessoa) é sustentável e ecologicamente correto. Bacana! Ser sustentável assim, é easy!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Viva o circo! Viva o STF!

O Supremo Tribunal Federal, guardião da sagrada Constituição e em total consonância com os mais puros interesses do povo, aprovou o retorno de Jader "Ali" Barbalho ao seu posto no Senado. O nobre senador reassumiu suas dignas funções hoje (28/dezembro/2011), um dia frio e chuvoso em São Paulo, mas certamente de muito sol e calor em Brasília. O filho do nobre senador esteve sempre ao seu lado, dando um significado todo especial à conhecida expressão de que uma imagem vale mais do que mil palavras.

Na próxima semana, o Supremo se debruçará sobre um tema polêmico: a constitucionalidade de que raposas possam substituir galos no cuidado de galinheiros.






2 pesos, 2 medidas...

Todos ficamos chocados com os recentes fatos que ocorreram com o pobre Yorkshire em Formosa, estado de Goiás. A covardia e a violência aplicadas contra o pobre animal chocaram pela brutalidade e pela barbárie. Neste momento, e com toda a razão, as pessoas se mobilizaram quase que instantaneamente através das redes sociais na Internet, repudiando proporcionalmente ao hediondo crime cometido.
 
Porém... mais chocante ainda é a impressionante e contraditória passividade da sociedade brasileira quando, cotidianamente, testemunhamos o abuso, a corrupção, o corporativismo, a imoralidade e a omissão dos políticos, dos juízes, das "autoridades" e demais agentes públicos. Para isto, a "sociedade" se cala e faz silêncio. Não reaje, não ressoa, se faz de morta. Aceita a surra e o espancamento, como o Yorkshire.

Bem, pelo menos, já sabemos qual foi o fim do manso e assustado cachorrinho.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vem aí a geração R...

Não sei o que é pior: o fato em si que foi retratado nesta matéria ou a vergonhosa falta de sensibilidade do "profissional" que a publicou. Em atenção à memória da vítima e em respeito aos familiares, um meio de imprensa dito respeitável nunca deveria exibir a morte em vídeo como se estivesse exibindo um programa de variedades ou uma pegadinha do Faustão. É asqueroso ver que há total falta de tato e de humanidade por parte de um agente da imprensa que, pelo visto, não irá medir esforços para conseguir as luzes de um holofote.

Se antes tínhamos a geração X e agora temos a Y, parece que estamos testemunhando o advento de uma nova classe de rebentos na imprensa brasileira: a geração R... de Retardados, mesmo...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tô de TPN...

Chove lá fora, nada pra fazer, apenas a TV... Acho que tô de TPN, Tédio pós-Natal...

sábado, 24 de dezembro de 2011

É Natal! Vamos ao Zoológico?

É Natal! As casas e ruas se revestem de luzes, a alegria está no ar! Cidades de países tropicais, em pleno verão, parecem estações de esqui! (será que é um sinal de que estão se convertendo em cidades de países de primeiro mundo??!) As crianças o adoram pois ganharão presentes! E ai dos pais se não os derem! Nada desse papinho de que só ganha se tiver sido bom menino! Esses sovinas, muquiranas...
Neste dia especial, celebra-se o nascimento de Papai Noel, aquele gordinho simpático, vestido de vermelho, barbudo e que, sempre que o vejo, me faz ter uma vontade danada de beber uma Coca-Cola bem gelada...
Pera, pera, desculpem! Acho que me confundi! Agora lembrei, na verdade, e me perdoem mais uma vez, se celebra o nascimento de Cristo... tinha esquecido... bem, pelo menos em teoria já que quase ninguém mais lhe dá bola... para reverter isso, só se a Pepsi contratá-lo como garoto propaganda... (fica a dica)

É nesta época, melhor, no último dia útil antes do dia 24/12, que os seres humanos se travestem de "humanos", sorrisões nos rostos (não, nada a ver que logo-logo vai ter feriado!), profusões de beijos e abraços para todos. Todos se esquecem do que foram nos últimos 364 dias do ano e tentam fazer um esforço extra para serem pessoas bacanudas neste dia especial. Mas, como diz a sabedoria popular: é de grão em grão que a galinha enche o papo e é com um tijolo de cada vez que se constrói um arranha-céu! Oras, que se comece com um dia por ano! Temos que olhar pelo lado positivo! Mas por que esse dia específico? Fácil! Se é o aniversário do Filho de Deus, com certeza o Pai do Cara deve ficar mais esperto, de olho mais aberto... vai arriscar perder a chance de fazer uma média com o Todo-Poderoso? Afinal, no nosso íntimo mais puro, somos eternas crianças e, como toda boa criança está cansada de saber, o Natal é a época perfeita para se ganhar presentes dos pais, certo?! Ai do Papai do Céu se não os der!! E, mais uma vez, nada desse papinho requentado de que só ganha se tiver sido bom menino! Esse Sovina, Muquirana...

Adoro o Natal! É uma boa época para se ir ao Zoológico...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Quando tudo parecer perdido...

Quando tudo parecer perdido e você não souber que caminho seguir...


...não se desespere: sempre haverá uma palavra amiga para lhe reconfortar a alma.


Não lhe disse?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

domingo, 18 de dezembro de 2011

A Primavera Árabe só é democrática para as flores


Muitos afirmam que a Primavera Árabe nasceu como um movimento pró-democrático. Discordo. Talvez, em alguns momentos, até tenham havido ecos destes ideais, provavelmente, influenciados por governos ocidentais que viram a oportunidade de levar, filantropicamente e sem nenhum interesse, é claro, os ideais democráticos do mundo "civilizado" a estes países árabes, quase a totalidade deles comandados por governos irresponsáveis (os nossos são muuuuitoooo melhores!).




Mas quem ainda hoje insiste no aspecto pró-democracia destas revoltas, ou é muito inocente ( esperando Papai Noel até hoje), ou é alienado (existe primavera no deserto?), ou faz questão de distorcer a realidade para fazer prevalecer o interesse oportunista que muitas potencias almejam há tempos, ou seja, de aumentar sua influência geo-política em uma área "nervosa", rica em petróleo e chave para combater o terrorismo islâmico (Yes, we can!).

Prova desta minha afirmativa é o resultado das eleições que já ocorreram ou estão em curso nestes países: existem claros sinais de que os partidos mais beneficiados por estes movimentos são os vinculados às alas religiosas (ver artigo da DW). Este fato, visivelmente, representa o desejo destas sociedades por uma regeneração "moral", a busca por uma justiça social mais ampla baseada na religião (ai meu Deus!). Ninguém nem aí para os modelos políticos do ocidente (certos, eles!) e o que as pessoas querem é justiça, diária, cotidiana. Por isso, acredito que a Primavera Árabe está mais para uma Revolução Francesa do que para uma Revolução Americana. Oui, monsieur! todo mundo com o saco na lua! Duvida? É bastante representativo o estopim que deu origem a toda estas ondas de revolta: a auto-imolação de Mohamed Bouazizi, um jovem comerciante tunisiano que teve seus produtos apreendidos após ter se negado a pagar propina a agentes públicos. Claro, sem falar que entre uma coisa e outra, ele tomou uma sova básica... (ver artigo da BBC) Morreu... Dureza...

Desde que você não tenha sangue de barata e desde que não seja beneficiário de algum esquema de corrupção, seja ativo ou passivo, é muito fácil compreender o que representam estes acontecimentos que se desenrolam diante dos nossos olhos: os árabes simplesmente estão saturados de serem saqueados e sacaneados (não necessariamente nesta ordem) por aqueles que deveriam cuidar e zelar por eles: seus Governos. Eles não toleram mais a corrupção e a imoralidade dos agentes Estatais. Simples assim. O que querem é apenas respeito. Já o brasileiro, você sabe, né? Como somos um país de "pacifistas", do samba, do carnaval, da mulata, católico... Jesus mandou perdoar, nóis perdoa...




Eis o grande dilema: será que um dia seremos capazes de criar uma "Primavera Tupiniquim"? Ia ter corrupto fugindo a dar com pau... Lula (o molusco), José Dirceu, Antônio Palocci, Carlos Lupi, Orlando Silva, Agnelo Queiroz, João Paulo Cunha, Duda Mendonça, José Genoíno, Marcos Valério, Delúbio Soares, José Sarney, Jader Barbalho... a lista é muito grande... ah, mas como ia ser bom!

Não nos iludamos: a Primavera Árabe só é democrática para as flores... todas têm lugar ao sol.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Matemática dos Idiomas - Primeiros ensaios

Gosto de idiomas e gosto de matemática. Bem, estas são as idiossincrasias de um cientista da computação... mas não desprovidas de certa obviedade: lidamos cotidianamente com lógica matemática e com algoritmos que, nada mais são do que comandos dados a um computador através de alguma linguagem de programação que, por sua vez, não deixa de ser um "idioma".

Gosto de ambos, não apenas pelo lado lúdico, mas pelas suas fundamentais importâncias ao desenvolvimento humano.

Os idiomas estão no centro do que somos como sociedades. Graças a eles, conseguimos nos organizar, nos mobilizar, transmitir idéias, compartilhar valores e informações de uns para os outros. O idioma é a ferramenta básica que nos permite abstrair e modelar o mundo que nos rodeia, a ferramenta que nos dá condições de, como grupo, levar adiante empreendimentos fantásticos, os quais nunca seríamos capazes de executar individualmente e sem coordenação. É o meio primordial da nossa capacidade de comunicação. Graças ao idioma, dois indivíduos podem agir com sinergia: 1+1>2. Sem ele, o indivíduo é quase totalmente incapaz de agregar valor intelectual ao grupo: 1=0.



Pelo idioma também se pode conhecer os valores e conceitos de um povo. Ele traz em suas estruturas e em seu vocabulário a forma como um determinado grupo enxerga o mundo. De certa forma, representa as lentes através das quais este grupo percebe seu meio ambiente. Mais que isso, acredito que ele molda e direciona a forma como um indivíduo interage com o seu entorno. Por exemplo, não seria possível que um idioma que tenha estruturas gramaticais objetivas auxiliem a formar indivíduos também objetivos? Ou que um idioma rebuscado induza a formar indivíduos também rebuscados? Tenho aqui comigo, algumas suspeitas... Pessoalmente, acredito que as estruturas do idioma, ensinadas desde a mais tenra idade a um indivíduo, podem exercer um papel importante, mas não único, no seu processo de desenvolvimento intelectual ou comportamental.





A matemática, por sua vez, é a mãe de todas as ciências. Esta ferramenta fantástica é a que viabiliza atualmente todos os grandes avanços científicos da raça humana. Ela, em conjunto com a Estatística, estão no centro da revolução tecnológica. São os baluartes da nossa racionalidade. Graças a elas, somos capazes de quantificar nosso universo e extrair dele suas leis naturais.




Partindo destas fantásticas ferramentas, me pergunto se não seria útil, ou ao menos interessante, de alguma forma, uni-las, dando os primeiros passos a uma abordagem mais matemática do estudo dos idiomas. Ao invés de simplesmente fazer uma análise sintática ou literária, como desde pequenos aprendemos nos bancos de escola, adoraria, de alguma forma, expor seus "genomas".

Alguns podem se perguntar com que fim. Respondo com novas perguntas.


Será que, a partir desta iniciativa, não conseguiríamos mapear objetivamente as complexidades de um idioma? Será que, ao mapear objetivamente as suas complexidades, não conseguiríamos comparar de uma forma mais racional idiomas totalmente distintos e sem raízes comuns? Será que, ao conseguirmos comparar idiomas distintos, não poderíamos eventualmente entender quais estruturas auxiliam um povo a desenvolver melhor determinadas capacidades intelectuais ou comportamentais? Neste caso, se for verificado que o idioma pode contribuir, de fato, no desenvolvimento de capacidades intelectuais ou comportamentais, não poderíamos pensar em construir o framework de um idioma teórico que maximizasse o potencial intelectual humano, eventualmente, se convertendo em um idioma global, como o Esperanto, mas desenvolvido com uma abordagem mais científica? Me desculpem, sei que são muitas divagações utópicas...


Confesso que não sei aonde isso levará. Mas, ao mesmo tempo, acho que será uma trajetória interessante. Porém, neste momento, a única certeza que tenho é de que não será nem simples nem fácil...